É quase noite. Corpo frio.
Mãos geladas. Coração acelerado
Depois de tantos anos
Aguardo o momento tão esperado
De segurar suas mãos
De olhar em teus olhos.
Você chega,
Mas não me permite tocá-la
Lá se foi minha sorte, imaginei
Me senti perdida
Sem forças para argumentar
A distância foi escolha minha.
De joelhos caí aos seus pés
Perdão era minha clemência
Palavras aos teus ouvidos lancei
Você já me demonstrava impaciência.
Lágrimas guardadas o vento levou
Gritos silenciosos rasgaram a madrugada
A lua que trazia a luz se apagou
Os dedos que te tocavam já não eram meus
Não sou eu que te deixa exausta de prazer.
Sem olhar para trás vi você partir
Não existiria o recomeço
Apenas o fim.
By Nirinha Freitas